sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Como acalmar seu pimpolho com o óleo essencial de Lavanda

Lavanda: aliada para acalmar e tratar dos pimpolhos


A chegada de um bebê é um momento de extrema alegria para todas as famílias. No entanto, é comum que as mamães, sobretudo as de primeira viagem, fiquem ansiosas, com medo, cansadas e perdidas em meio a novas e desafiantes tarefas – a amamentação, por exemplo, é uma delas.

A aromaterapia, ciência que prega o uso de aromas nos mais diversos tratamentos, é uma poderosa aliada para este momento. Os aromas são provenientes dos óleos essenciais - substâncias aromáticas naturais extraídas de flores, folhas, sementes, cascas e raízes. Inalados, aplicados ao corpo por meio de massagens, compressas ou num delicioso escalda-pés, eles restauram as energias curativas e proporcionam o equilíbrio entre corpo, mente e espírito.

A lavanda é o óleo essencial especialmente indicado para bebês e crianças. É possível utilizar este aroma desde o primeiro dia de vida em diversas situações. É excelente para acalmar, combater a insônia, relaxar e tratar a pele. E estes são apenas algumas das aplicações deste óleo.

O óleo essencial de lavanda pode ser utilizado durante a Shantala, massagem indiana muito aplicada em bebês. Neste caso, basta utilizar a seguinte mistura: colocar seis gotas de lavanda em 100 ml de óleo vegetal de semente de uva, girassol ou amêndoas. Esta dosagem é mínima, bem sutil, para que o bebê aproveite, sem nenhum risco, de todos os benefícios da prática e do aroma.

A hora do banho também fica especial com a lavanda se a mamãe colocar, na banheira, uma colher de café de óleo de semente de uva com uma gota de lavanda. Também é interessante usar um sabonete de lavanda - que pode ser comprado já pronto ou preparado de maneira caseira (segue receita no box).

Durante a troca, há outra dica para evitar o surgimento de assaduras: prepare uma mistura composta por 100 ml de calêndula com seis gotas de óleo essencial de lavanda. Passe esta sinergia na pele que fica em contato com a fralda.

O quarto do bebê também pode ser aromatizado com lavanda durante a limpeza. Neste caso, coloque dez gotas num aromatizador plug e o deixe ligado por 15 minutos. Nos primeiros dias, não deixe por muito tempo porque o bebê ainda estará se adaptando a novos estímulos.

Enquanto estiver usando a lavanda em seu bebê, a mamãe também estará se beneficiando. O aroma, conforme já citei, acalma, relaxa, afasta a depressão ... que mãe não precisa de ajuda neste período?

Além do uso da ‘poderosa’ lavanda, recomendo que as mamães sigam seus instintos. Ninguém nos ensina a ser mãe, é algo que já está em nós, na nossa natureza e no nosso coração. O que o bebê mais precisa as mães já têm de sobra: amor.


Prepare um sabonete de lavanda para seu bebê

Compre um sabonete de glicerina em farmácias homeopáticas e de manipulação. Derreta-o em banho-maria até que fique totalmente liquido. Tire-o do fogo e coloque três gotas de óleo essencial de lavanda. Coloque a mistura numa forma de silicone ou qualquer potinho limpo. Após endurecer, retire da fôrma ou do pote e use o sabonete no banho do bebê. A combinação da água, do toque da mãe e do aroma da lavanda fará com que seu bebê sinta-se relaxado e protegido, como se ainda estivesse na barriga da mãe.



Podermos reconhecer nossas fraquezas

Quando temos uma situação que nos põe em desespero, ou em uma profunda tristeza, ou mesmo desalento, normalmente pedimos à DEUS, para nos auxiliar neste momento, e esquecemos que somente à ELE, coube uma situação e que em SUA grandeza, nestas horas de profundo desalento, ELE, em sua bondade, está apenas como um PAI, que por vezes se faz bravo ou severo, para que possamos entender, a grandeza de sua obra, e o quão pequenos e arrogantes podemos ser, mas se entendermos tudo o que ELE, está à nos ensinar, somente iremos agradecer sua bondade em nos colocar em um bom caminho de humildade, compaixão e perdão para conosco, e assim se formos conosco, poderemos entender e compreender os outros, e à nós mesmos, e assim sermos realmente humildes, e nos colocarmos perante à SUA vontade.
Obrigada DEUS.

Um pouco desta doença pelo próprio paciente - Mal de Alzheimer

O Alzheimer, pelo paciente
Arthur Rivin - O Estado de S.Paulo de 03/02/2010

Sou médico aposentado e professor de medicina. E tenho Alzheimer. Antes do meu diagnóstico, estava familiarizado com a doença, tratando pacientes com Alzheimer durante anos. Mas demorei para suspeitar da minha própria aflição.

Hoje, sabendo que tenho a doença, consegui determinar quando ela começou, há 10 anos, quando estava com 76. Eu presidia um programa mensal de palestras sobre ética médica e conhecia a maior parte dos oradores. Mas, de repente, precisei recorrer ao material que já estava preparado para fazer as apresentações. Comecei então a esquecer nomes, mas nunca as fisionomias. Esses lapsos são comuns em pessoas idosas, de modo que não me preocupei.

Nos anos seguintes, submeti-me a uma cirurgia das coronárias e mais tarde tive dois pequenos derrames cerebrais. Meu neurologista atribuiu os meus problemas a esses derrames, mas minha mente continuou a deteriorar. O golpe final foi há um ano, quando estava recebendo uma menção honrosa no hospital onde trabalhava. Levantei-me para agradecer e não consegui dizer uma palavra sequer
.
Minha mulher insistiu para eu consultar um médico. Meu clínico-geral realizou uma série de testes de memória em seu consultório e pediu depois uma
tomografia PET, que diagnostica a doença com 95% de precisão. Comecei a ser medicado com Aricept, que tem muitos efeitos colaterais. Eu me ressenti de dois deles: diarréia e perda de apetite. Meu médico insistiu para eu continuar. Os efeitos colaterais desapareceram e comecei a tomar mais um medicamento, Namenda. Esses remédios, em muitos pacientes, não surtem nenhum efeito. Fui um dos raros felizardos.

Em dois meses, senti-me muito melhor e hoje quase voltei ao normal. Demoramos muito tempo para compreender essa doença desde que Alois Alzheimer, médico alemão, estabeleceu os primeiros elos, no início do século 20,
entre a demência e a presença de placas e emaranhados de material desconhecido.
 
Hoje sabemos que esse material é o acúmulo de uma proteína chamada beta-amiloide. A hipótese principal para o mecanismo da doença de Alzheimer é que essa proteína se acumula nas células do cérebro, provocando uma degeneração dos neurônios. Hoje, há alguns produtos farmacêuticos para limpar essa proteína das células.

No entanto, as placas de amiloide podem ser detectadas apenas numa autópsia, de modo que são associadas apenas com pessoas que desenvolveram plenamente a doença. Não sabemos se esses são os primeiros indicadores biológicos da doença. Mas há muitas coisas que aprendemos.

A partir da minha melhora, passei a fazer uma lista de insights que gostaria de compartilhar com outras pessoas que enfrentam problemas de memória: tenha sempre consigo um caderninho de notas e escreva o que deseja lembrar mais tarde. Quando não conseguir lembrar de um nome, peça para que a pessoa o repita e então escreva. Leia livros. Faça caminhadas. Dedique-se ao desenho e à pintura. Pratique jardinagem. Faça quebra-cabeças e jogos. Experimente coisas novas. Organize o seu dia. Adote uma dieta saudável, que inclua peixe duas vezes por semana, frutas e legumes e vegetais, ácidos graxos ômega 3.

Não se afaste dos amigos e da sua família. É um conselho que aprendi a duras penas. Temendo que as pessoas se apiedassem de mim, procurei manter a minha doença em segredo e isso significou me afastar das pessoas que eu amava. Mas agora me sinto gratificado ao ver como as pessoas são tolerantes e como desejam ajudar.

A doença afeta 1 a cada 8 pessoas com mais de 65 anos e quase a metade dos que têm mais de 85. A previsão é de que o número de pessoas com Alzheimer nos EUA dobre até 2030.

Sei que, como qualquer outro ser humano, um dia vou morrer. Assim, certifiquei-me dos documentos que necessitava examinar e assinar enquanto ainda estou capaz e desperto, coisas como deixar recomendações por escrito ou uma ordem para desligar os aparelhos quando não houver chance de recuperação. Procurei assegurar que aqueles que amo saibam dos meus desejos. Quando não souber mais quem sou, não reconhecer mais as pessoas ou estiver incapacitado, sem nenhuma chance de melhora, quero apenas consolo e cuidados paliativos.
ARTHUR RIVIN   FOI CLÍNICO-GERAL E É PROFESSOR EMÉRITO DA UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA
"Não podemos fazer muito sobre a extensão de nossa vida, mas podemos fazer muito sobre a largura e a profundidade dela"