NOME CIENTÍFICO: Syzygium aromaticum ou Eugenia caryophyllata
|
|
HISTÓRIA
Uma das especiarias mais valorizadas, no mercado do
inicio do século XVI, um quilo de cravo equivalia a sete gramas de ouro.
Apreciado por suas propriedades medicinais pelos gregos, romanos e chineses –
estes últimos mascavam cravos-da-índia para aliviar a dor de dente e
refrescar o hálito.
|
|
O vocábulo latino clavus significa em forma de
malmequer, ao qual o broto se assemelha. Tem uma longa história como
anti-séptico e na prevenção de doenças contagiosas, como a peste. Isto ficou
evidente quando os holandeses destruíram os pés de malmequer das ilhas
Molucas – e muitas epidemias surgiram.Tornou-se uma especiaria muito
apreciada, que era importada pelos portugueses e franceses. O costume popular
ainda é usar uma laranja com cravos-da-índia espetados como um aromático
repelente de insetos. Seu aroma torna-o um ingrediente popular em cremes
dentais e pot-pourris. As propriedades digestivas dessa especiaria são
reconhecidas na Índia, embora ele também tenha sido usado em poções do amor.
Os perfumes com toque picante normalmente o contêm, também é usado em licores
e vinhos aquecidos e adoçados com especiarias. O uso farmacêutico em larga
escala reconhece suas propriedades anti-sépticas e bactericidas.
O nome científico antigo do cravo-da-índia deriva
da palavra grega “Karyophyllon” que significa “folha-noz”. Da China é que
veio a primeira indicação do uso do cravo-da-índia como condimento, remédio e
elemento básico para elaboração de perfumes especiais e incensos aromáticos.
Na China, era então conhecida por “ting hiang” e na dinastia Han (206 a.C –
220 d.C) seus frutos foram levados para a corte do imperador por enviados da
Ilha de Java. Conta-se que os próprios javaneses mantinham um pequeno fruto
na boca para melhorar o hálito, antes de ir falar pessoalmente com o
imperador.
|
|
NOME COMUM (POPULAR) E SINÔNIMOS
Cravo; Cravo-da-índia; Craveiro-da-índia; Clove
(Ingl); Caryophyllus; Clavo (Esp); Clou de girofle (Franc) e Garofano d’índia
(Ital).
|
|
ASPECTOS BOTÂNICOS
É uma árvore sempreverde, de ciclo perene, em forma
de coluna que pode chegar até 20 metros de altura. Ela se desenvolve melhor
em lugares claros do que à sombra de outras árvores. Os brotos de flor em
forma de malmequer tem uma tonalidade marrom-avermelhada, e as folhas são
pequenas de tom acinzentado. É natural das ilhas Molucas e da Indonésia, mas
também é cultivado em Zanzibar, Madagascar e Java. Boa parte do óleo provém
de Sri Lanka.
A copa é bem verde, de formato piramidal. As folhas
são semelhantes às do louro, ovais, opostas e de coloração verde brilhante,
com numerosas glândulas de óleo visíveis contra luz. As flores são pequenas,
branco-amarelada, agrupadas em cachos terminais. O fruto é do tipo baga e de
formato alongado, suculentos, vermelhos e comestíveis. Aroma forte e
penetrante. Os cravos-da-índia que usamos na culinária são, na realidade, os
botões florais ainda não abertos.
|
|
PARTE UTILIZADA DA PLANTA: Botões e folhas
|
|
TIPO DE EXTRAÇÃO: Destilação à vapor
|
|
COMPOSIÇÃO QUÍMICA: O conteúdo total de óleo em cravos chega a 15%. O
óleo é constituído, basicamente por eugenol (fenol - 70 a 80%), acetato de
eugenol (15%) e beta-cariofileno (sesquiterpeno - 5 a 12%), furfurol
(aldeído), salicilato de metila (éster).
|
|
AÇÕES
FARMACOLÓGICAS
Propriedades: Analgésico,
anestésico, antiodontálgico, antiemético, antinevrálgico, anti-séptico,
antiespasmódico, estimulante do apetite, afrodisíaco, carminativo, cáustico,
cicatrizante, desinfetante, inseticida, facilitador do parto, esplenético,
estimulante, tônico estomacal, tônico para o útero e vermífugo.
Mente: Efeito positivo e
estimulante sobre a mente, fortalece a memória e ajuda a combater a
depressão. Sua qualidade revitalizante ajuda a tratar sensações de fraqueza e
letargia.
Corpo: É benéfico para o
sistema digestivo, conhecido por aliviar os gases através da redução da ação
absorvente. É eficaz no combate ao vômito, à diarréia, ao espasmo intestinal,
à dispepsia e à parasitas.
Também alivia a náusea e o mau hálito decorrentes da fermentação
gástrica. Têm efeito tônico sobre os rins, o estômago, o baço e os
intestinos.
Suas propriedades
de agente analgésico podem ajudar a amenizar dores de dente, reumatismo,
artrite e feridas e inflamações na boca, além de dores de cabeça decorrentes
de tensão. Funciona melhor em aplicações locais em áreas específicas do que
no sistema em geral.
Alivia problemas
respiratórios e é usado nos tratamentos de tuberculose, asma e bronquite. É
ótimo para desinfetar o ambiente durante o período de doenças infecciosas. É
um excelente bactericida e, se for vaporizado com freqüência durante o
inverno, aumenta a resistência aos germes.
Suas propriedades
afrodisíacas podem ser úteis no tratamento de problemas sexuais, como
impotência e frigidez. Em virtude disso, também se acredita que proporcione
grande alívio às dores durante o parto.
Quando combinado
à laranja e ao limão, parece ser um excelente repelente de insetos.
Pele: Pode
aliviar feridas infecciosas, além de lesões cutâneas, ulcerações nas pernas e
o lúpus – uma doença crônica de pele.
|
|
PRECAUÇÕES
É um óleo muito forte e deve ser usado como cautela
- a massagem não é o meio ideal
de aplicação, pois pode ocorrer irritação na pele.
|
|
OBSERVAÇÕES/
CURIOSIDADES
Quantidade
para extração: 15 a 20 kg para 01 kg de óleo essencial
Nota: Básica
Planeta: Júpiter
Aroma: Forte, picante e
penetrante
Cor que vibra:
Preta
Signo: Não informado
Efeito nos doshas: Diminui o Kapha e o Vata e aumenta
o Pitta
Qualidade: Yang
Energético: De acordo com a TCM (Tradicional
medicina chinesa), cravo é quente e tônico de Qi. Pode ser usado para eliminar condições associadas ao frio
Mistura-se bem
com: manjericão, benjoin, canela, citronela,
toranja, limão, noz-moscada, laranja, hortelã-pimenta e alecrim
|
|
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
- Tratado de
Fitomedicina; Dr. Jorge R. Alonso; Bases Clínicas Y Farmacológicas; Ed. Isis
Ediciones SRL; Setembro 1998.
- Farmacognosia
da Planta ao Medicamento/ organizado por Cláudia Maria Oliveira Simões; 3ª
edição, Ed. da Universidade – Universidade Federal do Rio Grande do Sul –
2001.
- The Review of Natural Products; 4th Edition – The
most complete source of natural product information; 2005 – Wolters Kluwer
Health, Inc.
- Óleos que curam
– O poder da aromaterapia; Wanda Sellar ; 1992; Editora Nova Era.
- Aromaterapia –
O equilíbrio entre o corpo e o espírito – Holística – através dos óleos
essenciais; Ann Berwick; 3ª
edição; Editora nova Era – 2002.
- Aromaterapia –
Um guia de A a Z para o uso Terapêutico dos Óleos Essenciais; susan Worwood;
1995; Editora Best Seller.
- Aromaterapia e
as Emoções; Shirley Price; 2ª edição; Editora Bertrand Brasil; 2000.
- O livro
completo de óleos, incensos e infusões – Scott Cunningham – Editora Gaia –
2005.
- Ayurveda e Aromatherapy; The Earth Essential Guide
to Anciente Wisdom and Modern Healing – Dr. Light Miller and Dr. Bryan Miller
– Editora Lótus – 1995, 2ª edição.
- The Complete Guide to Aromatherapy – Salvatore
Battaglia – 2ª edição – 2003.
-
L’aromathérapie exactement – Encyclopédie de l’utilisation thérapeutique des
extraits aromatiques – Editora Roger Jollois 2001
|
Missão: Proporcionar ferramentas naturais que auxiliem a gerenciar a saúde, bem estar e qualidade de vida.
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Sobre o óleo essencial de Cravo
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário