sábado, 12 de novembro de 2011

Definição de Estresse - Como isto nos afeta - uma série de postagens

Estresse 
Definição

Estresse (físico, psicológico ou social) é um termo que compreende um conjunto de reações e estímulos que causam distúrbios no equilíbrio do organismo, freqüentemente com efeitos danosos.

O conceito de estresse foi apresentado por Selye em 1936, a partir de experimentos em que animais eram submetidos a situações agressivas diversas, tais como dor, frio, fome (fatores e agentes de estresse) fazendo com que respondessem de forma regular e específica anatomofuncionalmente.

Características e manifestações

Foram descritos por Selye três fases sucessivas do estresse ou síndrome geral de adaptação: alarme, resistência e esgotamento. Após a fase de esgotamento, surgem as doenças (as assim chamadas doenças de adaptação) como a úlcera peptídica, a hipertensão arterial, artrites e lesões no miocárdio. Estes são apenas alguns sintomas do estudo realizado pelo Dr. Selye e se referem ao estresse físico, mas outros componentes de sua equipe estudaram o estresse psicológico, relatando alterações hormonais encontradas em equipes náuticas de competição nas horas que antecediam as provas (Thorn, 1953). Comprovou-se também o aumento da excreção urinária dos hormônios da supra-renal em pilotos e instrutores aeronáuticos em vôos simulados.

Causas

Além dos agentes físicos e psíquicos, atualmente dá-se grande importância ao chamado “estresse social”, apontando situações como exposição a ruídos, aglomeração urbana, isolamento, trabalho monótono e repetitivo, ou seja, corresponde ao modo de viver das grandes metrópoles, o que corresponde aos fatores poderosos das doenças, principalmente às cardiovasculares.

O estresse foi chamado por um estudioso (Lazarus Coping) que foi traduzido para o português por Eugenio Campos como “sistema de adaptação e enfrentamento”. Isto é, o conjunto de mecanismos de que o organismo lança mão em reação aos reagentes do estresse, representando a forma como cada pessoa avalia e lida com estas agressões.

Conseqüências

Respostas ao estresse: a integração neuroendocrinoimunológica.

O maior impacto na demonstração da interdependência dos sistemas nervoso e imunológico na resposta aos agentes de estresse, é a resposta imunológica e seus efeitos, e conseqüência de lesões em estruturas nervosas produzidas em animais de laboratório que foram expostos a algum tipo de estresse.

Em 1973, um pesquisador chamado Sankovick, por exemplo, obteve um despovoamento celular do timo de ratos que foram expostos a estímulos negativos. O timo pode ser considerado com uma glândula de secreção interna, já que seus diversos produtos podem ser liberados para o meio interno (timosina, timopeptina ou timopoentina).

Em 1987 outros pesquisadores, Walaise e colaboradores, observaram o aumento da liberação de ACTH pela hipófise como resultante da ação dos hormônios tímicos.

As emoções são fenômenos que ocorrem simultaneamente, no nível subsistema do corpo ou somático e no nível do subsistema de processos mentais. Aquilo que no subsistema mental são chamadas emoções, como sentimentos de medo, raiva, dor, tristeza, alegria, no corpo (soma) se manifesta através das modificações das funções motoras, secretoras e de irrigação sanguínea. Este conjunto de alterações é coordenado pelo conjunto hipotálamo, hipófise e sistema límbico e são geradas por fatores ou estímulos internos e externos.

Assim, a pessoa pode apresentar uma disfunção que resulta da alteração da fibra muscular lisa que existe em vários órgãos, podendo se manifestar em disfunções motoras digestivas tais como: vômito, diarréia, prisão de ventre, entre outras; do aparelho respiratório, tais como asma, bronquite; do aparelho genito-urinário como disuréias, desmenorréias, vaginismos; do aparelho circulatório como hipertensão arterial, enxaqueca, cefaléia de tensão; da pele como eczemas, prurido, além de outros órgãos e aparelhos.

Vemos então que manter a vida enquanto se luta para ganhá-la nem sempre é fácil. O desgaste a que somos submetidos em nosso processo de viver, é um dos co-fatores mais potentes no desenvolvimento de doenças. Na verdade, a todo instante estamos fazendo movimentos de adaptação, ou seja, tentativas de nos ajustarmos às exigências dos fatores externos e internos.

Em 1936, Selye demonstrou em trabalhos que o ser humano quando exposto a um esforço ou estímulo, percebido como ameaçador, que exige sua adaptação, apresentava tendências a responder de forma uniforme e inespecífica, anatômica e fisiologicamente, respostas estas que constituem uma síndrome.

Este conjunto de reações inespecifícas foi chamado de “síndrome geral de adaptação" e consistia de três fases:

1a. Reação de alarme;
2a. Fase de resistência;
3a. Fase de exaustão.

Vale ressaltar que não existe a necessidade de se desenvolver cada fase até o final para existir a caracterização do estresse.

A primeira fase, ou reação de alarme foi percebida por Cannan (Rodrigues, 1989, Pontes, 1987) quando um animal era submetido a estímulos agudo ameaçadores a homeostase, inclusive medo, fome, dor e raiva. Em conseqüência, os animais apresentavam uma reação em que se preparavam para lutar ou fugir. Esta reação tem como características:

a. Aumento da pressão sangüínea e da pressão arterial. Isto permite que o oxigênio circule rapidamente para os tecidos;
b. Contração do baço. Leva mais glóbulos vermelhos à corrente sanguínea, acarretando mais oxigênio no organismo;
c. O fígado libera mais açúcar armazenado. Desta forma existe uma maior quantidade de alimento e energia para os músculos e para o cérebro;
d. Redistribuição sanguínea. Existe um menor fluxo na pele e nas vísceras, aumentando o fluxo no cérebro e nos músculos;
e. Aumento da freqüência respiratória e dilatação dos brônquios. Desta forma o organismo esta apto a captar mais oxigênio do ambiente;
f. Dilatação pupilar. Permite uma maior eficiência visual;
g. Aumento de linfócitos na corrente sanguínea. Para eventuais danos aos tecidos.

Estas reações acima descritas são desencadeadas por descargas adrenérgicas da medula da supra-renal e de noradrenalina em fibras pós-gangliares. Também é acionado o eixo
hipotálamo-hipófise-supra-renal que desencadeiam respostas mais lentas e prolongadas, que desempenham um papel importante na adaptação do organismo ao estresse.

Ainda existe a liberação no hipotálamo o hormônio corticotraphin releasing hormone, que libera a ACTH na adeno-hipófise, STH, prolactina entre outros. Está então estabelecido um feedback negativo de glicocorticóides pelo córtex da supra-renal, atuando sobre o eixo hipotálamo-hipofisário.

No entanto, se o organismo é obrigado a manter seu esforço de adaptação, entra numa nova fase chamada de Fase da Resistência. Esta fase se caracteriza basicamente pela reação de hiperatividade cortico-supra-renal sob mediação diencéfalo-hipofisário que acarreta:

a. Aumento do córtex supra-renal;
b. Atrofia do baço;
c. Atrofia de estruturas linfáticas;
d. Leucocitose;
e. Ulcerações;

Se estes estímulos estressantes continuarem a agir no organismo a resposta basicamente se mantém, mas com quatro características:

a. Diminuição da amplitude das respostas;
b. Antecipação das respostas;
c. Falha nos mecanismos de defesa;
d. Desencadeamento da 3a. fase.

A terceira fase caracteriza-se por exaustão, retorno a fase de alarme (e seus sintomas) havendo uma dificuldade na manutenção de mecanismos adaptativos, perdas de reservas e morte.

As reações de estresse resultam dos esforços de adaptação, e se a reação do agressor for muito intensa, ou se o agente do estresse for muito potente e prolongado, poderá haver como conseqüência, doenças ou maior predisposição ao desenvolvimento destas.

As colocações acima podem ser mais facilmente comprovadas nas doenças em que notoriamente há um componente de esforço de adaptação, como por exemplo:

* Úlceras digestiva;
* Alterações dispépticas;
* Crises hemorrágicas;
* Alteração da pressão arterial;
* Alteração na parede dos vasos sanguíneos;
* Alguns tipos de doenças renais;
* Alterações inflamatórias do aparelho gastrointestinal;
* Diversas afecções dermatológicas;
* Alterações metabólicas váriadas;
* Manifestações alérgicas;
* Manifestações de artrite reumatóides e reumáticas;
* Perturbações sexuais;
* Comprometimento do sistema imunológico;
* Alterações tiroidianas, entre outras.

A lista de doenças poderia ser imensa e existem dados epidemiológicos que não devem ser ignorados que situam 25% da prevalência de morbidade psiquiátrica nos consultórios de clínica geral (Cubi, 1989) causadas pelo estresse.

Ou Seja, “nossa saúde depende em grande parte de nossas condições e modo de vida”.

Psicossomática - Aromaterapia e as Emoções - Funcionamento do Óleos Essenciais

Como sou psicóloga de formação e esta foi a minha primeira especialização, na área de depressão, síndrome do pânico, e drogadependência, e a aromaterapia, entrou profissionalmente ( há mais de 20 anos, em um momento em que eu trabalhava em um projeto, junto a uma equipe multidisciplinar, em uma clínica, de drogdependência para) complementar o tratamento dos pacientes.
começarei aqui, uma postagem, sobre as emoções, e as formas que esta toma, dentro da psicossomática, e a forma que a aromaterapia, pode auxiliar, em nosso cotidiano.

Como os óleos essenciais agem?


A ação dos Óles Essenciais dependem da forma utiizada. O olfato é atingido rapidamente pelas moléculas dos óleos essenciais, atingindo o sistema límbico.

Vejamos então como o óleo essencial age na área emocional:

Quando o olfato é estimulado externamente pelas moléculas dos óleos essenciais, estes entram em contato com os receptores olfativos presentes nos epitélios olfativos e nas mucosas das fossas nasais. Estas moléculas são decodificadas como se fossem peças de um quebra cabeça, encaixando especificamente no receptor correspondente no epitélio olfativo.

Cada uma desses milhões de células nervosas são substituídas a cada 28 dias. Estes estímulos decodificados então pelas células nervosas, são transmitidas por impulsos elétricos até o bulbo olfatório, que por sua vez, transmite ao sistema límbico, região cerebral que controla, a gustação – centro gustativo, a amídala, onde as memórias emocionais são arquivadas, e outras partes que controlam o humor e as identidades registradas mais profundas no decorrer de nossa vida – tálamo, hipotálamo e hipocampo.

Para abrir este arquivo emocional, onde estão guardados todos os registros, basta um pequeno estímulo, chamado aroma, que tenha semelhança com o aroma na ação ocorrida na época, e que foi carregada de emoção para que este aroma-chave abra o arquivo da memória e da emoção, e o sistema foi acionado.

A partir deste momento a memória olfativa entra em ação, trazendo atona todas as sensações tidas no primeiro contato com o aroma chave.

Temos isto comprovado por experiências feitas com recém-nascidos, que possuem dentre os órgãos dos sentidos, o olfato, um dos mais apurados, logo de seu nascimento, onde se passado um tecido no corpo da paturiente, e outro em outra, sem ser sua mãe, o bebê irá seguir instintivamente com a cabeça o tecido com o aroma do corpo de sua mãe, que é por onde ele (bebê) a reconhece e procura por segurança – por algo já familiar. Se também estiver agitado ou manhoso, ao sentir o cheiro de sua mãe, este se acalmará no mesmo instante.

O sentido do olfato, é o único dos cinco sentidos, que está lincado com o cérebro, o centro das emoções, o sistema límbico, e as sensações como ansiedade, depressão, medo, raiva que emanam desta região. Além das emoções, o sistema límbico esta conectado a outras partes do cérebro que controlam atividades tais como, pressão arterial, batimentos cardíacos, respiração, memória, níveis hormonais. Os óleos essenciais agem profundamente de forma psicológica quando inalados, demonstrando que há uma reação emocional primeiro, antes do pensamento, em contraste com outros sentidos como o tato, audição, degustação e visão.

O sistema límbico (grupo de estruturas já dito anteriormente, e a amídala) ativa diretamente o hipotálamo. O hipotálamo é uma das estruturas mais importantes do cérebro, atuando em centros de controle hormonal, enviando mensagens químicas que podem afetar nosso nível energético; do sexo ao simplesmente decidir o que vestir. A produção de hormônio do crescimento e neurotransmissores, tal como a serotonina, são governados pelo hipotálamo. Por esta razão o hipotálamo é sempre referido como a “glândula máster”.



Os óleos essenciais – sua fragrância e sua única estrutura molecular – podem ativar diretamente ambas estruturas, o lobo límbico e o hipotálamo. Por esta razão, os óleos essenciais exercem uma profunda reação e efeito no corpo e mente. Desta forma a simples inalação dos óleos essenciais pode auxiliar no combate ao estresse, trauma emocional, como também estimular a produção de hormônios do hipotálamo que resultam em aumento de hormônios da tireóide (nossos hormônios da energia) e hormônios do crescimento ( que são nossos hormônios da juventude e longevidade).