AROMATERAPIA, ALQUIMIA E ASTROLOGIA
O homem sempre se interessou em
desvendar o mistério da vida, e sua
origem. Sempre houveram questionamentos sobre como a vida surgiu, como se
originou, existindo várias filosofias, religiões que tentam explicar estes
mistérios.
Na Europa, no final da Idade Média,
surgem os alquimistas. Eles empregavam um vasto conhecimento entre várias
ciências, tais como a medicina, astrologia e filosofia. Podemos descrever,
baseados nos antigos conceitos, por exemplo, na Pérsia, onde viveu Avicena, o
conhecimento desta época se dava em relação à religião, aos estudos das leis,
da medicina, onde importando de vearias regiões ao redor do mundo, os
alquimistas, olhavam a vida, segunda estas vearias ciências, e tentavam
entender o conceito de vida. Utilizavam muito da observação da natureza e seus
ciclos, e como tudo era interligado.
Temos alguns representantes de peso,
que merecem destaque, tais como:
Agrippa von Nettelsheim, e
Paracelso, que escreveram vearios volumes, muito extensos, à respeito do
conhecimento científico herdado dos antigos gregos e romanos. Devido a
insistente procura da pedra da sabedoria, coube aos alquimistas, apesar de
serem muitas vezes bastante ridicularizados, o mérito de terem redescoberto a
destilação dos chamados por eles de «
óleos etéreos ».
A alquimia
conta com três princípios básicos, pois segundo sua concepção, toda
manifestação da matéria é realizada pela interligação dinâmica de três
princípios filosóficos, que também foram chamados de três substâncias, que
formam uma unidade dentro da trindade e que estas possibilitam a manifestação
da vida.
Os vegetais,
os minerais e os elementos químicos, são
denominados, pela terminologia dos alquimistas, de «SULFUR » ( enxofre
). Mercúrio, e sal, não deveriam ser confundidos com elementos químicos, ou com
o planeta que tem o mesmo nome. No reino vegetal, obtemos a separação destes
três princípios, através da destilação, passando por várias etapas de longa
duração.
MERCÚRIO: é uma substância volátil, representado pelo álcool ( etanol = C2H5OH ), que é extraído por
uma fermentação seguida de destilação. Durante a fermentação, que é obtida com
o auxílio de micro-organismos vivos e fungos, a planta é decomposta,
formando-se álcool etílico e carbono.
C6H12O6 = 2C12H5OH+2CH2
Mas vamos ao
que interessa:
MERCÚRIO: representa a energia vital, o prana, volátil, análogo, o
conceito chinês de Chi, o japonês de Qi.
Esta energia
etérea vital, penetra através da respiração, nos pulmões nutrindo os corpos
sutis. É anônima, sem consciência, representa o princípio passivo, feminino, o
que na Medicina Tradicional Chinesa chamamos de Yin. Está ligada à Lua, se
manifestando no corpo, no sangue, no sêmen, no sistema respiratório e cardíaco.
SÚLFUR ( enxofre ): está ligado às forças masculinas, do
fogo invisível, do brilho interior, do princípio da alma cósmica, e do amor
incondicional, representando o símbolo do masculino, da polaridade Yang, que é
consciente, ativo. Aliado às forças vitalizantes do Sol. Substância oleosa,
representa os elementos Fogo e Ar.
Mercúrio e
Súlfur, são elementos opostos entre si,
formando polaridade neutra, semelhante aos princípios Yin e Yang, que
possibilita a formação de um terceiro princípio o Sal, ou a matéria.
O alquimista
entende e distingue o súlfur fixo e o súlfur volátil. O súlfur volátil, é
representado pelos óleos essenciais, o primeiro produto a ser extraído pela
destilação.
Mercúrio,
representa o espírito e o súlfur, a alma da planta, enquanto que o Sal, é
gerado pela interação de ambos, sendo considerado o corpo que se manifesta
através da matéria.
O óleo
essenciais, são obtidos pela matéria, que é a planta, matéria viva, até
surgirem, das cinzas embranquecidas, minerais solúveis em água, formando
cristais denominados de «SAL SALIS », (sal
do sal ).
Estes três
princípios ativos podem ser separados
entre si. Começa-se primeiro com a fermentação e a extração dos óleos
essenciais. O passo seguinte, é a separação do mercúrio pela fermentação das
sobras das plantas e do hidrolato, adicionando-se ainda uma determinada
quantidade de levedura de cerveja e açúcar que depende do tipo de planta e da
temperatura ambiental. A fermentação termina quando não se forma mais dióxido de carbono. Em seguida
esta substância é submetida a diversas fases de destilação, onde surge como
produto final o álcool etílico.
Os três
princípios alquímicos se apresentam em três estados físicos diferentes:
Sólido,
líquido e gasoso, que são regidos pelos quatro elementos, terra, água, ar e
fogo, que possuem propriedades frias, úmidas, secas, e quentes.
·
O
elemento Terra: representado pelos
carbohidratos (açúcar ), do qual se destila o álcool;
·
O
elemento Água: está presente nos
líquidos das plantas…
·
O
elemento Ar: se libera em forma de
dióxido de carbono;
·
O
elemento Fogo: é perceptível pela
liberação de energia calorífica durante a fermentação;
Nestes quatro
elementos está contido um quinto caráter, denominado de « QUINTA ESSÊNCIA »,
mas não é idêntico a nenhum dos princípios anteriores. É uma forma imensurável,
e pode ser comparado às forças cósmicas, que regem todos os princípios vitais
do universo.
Paracelso
dizia que é o cerne da origem de todos os elementos e, como tal, ao mesmo
tempo, origem e alvo de toda a evolução.
A Quinta Essência
é a força de interligação, ou causa, e a sua ausência provoca a desintegração
de toda a matéria segundo a alquimia. Ela se manifesta de muitos modos, em muito processos químicos,, como por
exemplo, na formação do mercúrio. Estes
aspectos alquímicos ocultos, estão sendo escritos por mim, apenas para sabermos
como os óleos essenciais na antiguidade era chamado, na idade média, de Quinta
Essência, ou a alma vital da planta. Para quem quiser se aprofundar, há um
livro, ou vários de Raimundus Lullus, ( alquimista e místico espanhol 1235 - 1315
). Ele dizia que ao se separar as três substâncias, através de métodos, bastantes difíceis, por pessoas, como nós que não entendemos a
alquimia, e seus mistérios, e se a
combinarmos novamente, medicamentos muito eficazes, para serem usados. A
medicina espagírica, herdou o conhecimento dos alquimistas, havendo hoje em
dia, muitos adeptos desta nova antiga -
medicina, espalhada pela Europa e Austrália.
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